sábado, 18 de setembro de 2010

O Tempo...

É verdade. O tempo é o melhor remédio. É preciso tem muita paciência para superar um momento de depressão, pois não é de um dia para o outro que você sai dessa. Mas tem outra coisa muito importante, essencial: Amigos. Anjos que temos em nossas vidas. São a nossa família de sangue e a nossa família do coração.
Há alguns meses, mais precisamente há cinco meses eu estava no que considero fundo do poço mesmo. Não queria mais viver, não tinha motivação para nada. O meu principal anjinho foi o meu filho pois, graças a ele eu não cometi uma loucura maior. Agraceço aos seguidores do meu Blog, pois, em muitos momentos eu só conseguia desabafar aqui e seus comentários foram muito importantes para mim. Agradeço principalmente ao Lucas que, num dia em que eu estava realmente desesperada e postei um texto ele fez um cometário que me ajudou muito, talvez nem saiba a importância que teve. Deus não põe as pessoas ao acaso em nossas vidas.
Quase desisti, mas não me entreguei, saí de casa, estive com pessoas, conversei sobre minhas angústias, chorei muito... Fiz terapia, troquei de médico, consultei um neurologista, cheguei lá me arrastando... Até que... Passou!!!!!!!!!!!
É isso que eu quero dizer para quem está sofrendo, está em depressão, que por favor não desista, que reze muito e procure ajuda, se ajude, porque passa. E aí você vai olhar para trás e vai pensar "Graças a Deus estou aqui e sobrevivi a tudo aquilo". Passa, passa mesmo, e o mais incrível é que sobra uma coisa boa, um amadurecimento, um aprendizado, um crescimento espiritual.
Hoje estou muito bem, feliz, mas sei que tenho que me cuidar, me policiar, pois a depressão é uma doença crônica, o importante é não desistir nunca!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Adorei este texto, "roubei"de um Blog que andei fuçando...
A luta contra tristeza e depressão deve ser bastante disciplinada. Muitas vezes sofrer se torna um pequeno vício e é preciso pelo menos tentar não ceder. Quando bate aquela tristezinha e os pensamentos negativos e descontrolados começam a vir em bando em sua mente, o plano A é: converse com você, como se fosse com um amigo. Faça perguntas para você mesmo, do tipo: Por que está se sentindo assim? O que eu posso fazer para te ajudar neste momento? Será mesmo que tudo isso que penso é a verdade absoluta? Como posso mudar isso? Aja com muito carinho, pois é você conversando com você. Muitas vezes, instigando nossa mente, as respostas vêm. A ajuda vem. Aproveite para fazer uma oração pedindo orientação a seu grande amigo e guia espiritual.
Se isso não funcionar, o plano B é: finja que está tudo bem! Não para os outros, claro, mas para você. Crie mecanismos para enganar sua mente. Dê uma cantarolada para dissipar o negativismo, pense em algo engraçado que vc lembre (só o fato de vc tentar lembrar, já desvia seus pensamentos), ligue para alguém, mande um torpedo divertido para algum amigo, coloque uma música que vc goste.
Plano A ou plano B, não importa, lute e aja!


“Essências de alegria

. Que hoje...
Os anjos desçam sobre sua vida
Te cubram de graças e alegrias
Iluminem eu sorriso
E faça tudo parecer magia...
Que o sol brilhe ainda mais belo
E entre as nuvens
Veja uma linda aquarela
Que as rosas
Pareçam ainda mais graciosas
E perfumem sua vida
De essências deliciosas
E a cada instante do seu dia
Um anjo lhe cuide
Por que és pessoa grandiosa.”

(Sirlei L. Passolongo)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Parabéns Vô!!!

Passei uns dias no Rio de Janeiro, aniversário de 90 anos do meu avô. Amo muito ele, assim como a minha avó também, mas ele já está naquela fase em que diz que a vida foi maravilhosa e agora só está esperando o momento do fim. Realmente não deve ser fácil ter 90 anos, viver tanto até que chega uma hora que vc não tem mais planos. E eu com 30 e poucos achando que já vivi muito... Mas graças a Deus ele está lúcido e bem de saúde, a não seu por uma tontura que tem as vezes quando caminha e, é claro a dificuldade de escutar. Isso sim isola as pessoas do convívio social. Mas eu não consigo imaginar a minha vida sem ele, uma pessoa maravilhosa, totalmente altruísta, que aprecia as coisas simples da vida. Parabéns vô!!!
Mas voltando ao Rio de Janeiro, foi muito bom passar esses dis por lá. O inverno carioca é ótimo, temperatura na média de 26 graus, enquanto em Curitiba eu tava virando picolé. Me senti bem, nada de depressão, acordei cedo todos os dias, passeei muito, comi muito... Fiquei com vontade de morar lá.
Voltando prá Ctba, voltou a melancolia. Só de sentir o cheiro do meu carro, me lembrei de tudo o que passei nos últimos tempos, principalmente lembrei do meu vizinho, o cara que não sai da minha cabeça nem do coração, apesar de eu saber que não vale nada. Mas estar aqui me faz pensar muito nele e me faz sofrer, me faz sentir uma pessoa totalmente sem autoestima porque, como pode alguém gostar e querer um monstro desses, verdadeiro sociopata, mentiroso, egoísta e que me faz sofrer tanto até hoje? Gente, faz quase 4 meses que ele nem me olha na cara e eu continuo nessa...
Outra coisa tbém que me deixa prá baixo é meu apartamento. Lindinho, do jeito que eu sepre quis, mas fico muito deprê quando estou aqui. Me sinto muito sozinha e fico totalmente apática e olha que meu filho loindo mora comigo. Lá no Rio eu tava tão feliz com a casa cheia... Não sei o que acontece...

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A felicidade vem de dentro!(?)

Hoje fui na psicóloga lá do meu trabalho, do RH, prá tentar acertar a minha volta... Em agosto faz 10 meses que eu tô afastada, não aguento mais ficar em casa. Tá, eu adoro dormir, mas eu sou daquele tipo da pessoa que se não for obrigada a sair da cama,... não sai!!!! Então, nesses quase dez meses, ao inves de ir correr no parque , fazer academia, fazer cursos, estudar para um concurso bom, fazer um trabalho volunário, o que eu fiz? Dormi, dormi e dormi mais um pouquinho!!!! Ainda bem que tem o meu filhote, aí eu tenho as minha funções de mãe, "mãetorista" e dona de casa, mas o resto do tempo eu só durmo... Tô escrevendo isso, porque eu falei prá psicóloga que eu quero muito voltar a trabalhar, pois preciso retomar a minha vida, sair da cama, deixar de ficar com cara se sono o dia todo... E aí, ela me falou uma coisa que eu sei que é verdade, que a minha psicóloga particular já havia dito, mas que na prática eu não consigo conceber. É o seguinte: A melhora, os estímulos em nossa vida devem vir de dentro prá fora e não o contrário, de fora prá dentro. Não é o trabalho que vai me fazer ficar feliz, assim como não é um novo amor que vai me tirar dessa apatia...
Na teoria eu entendo perfeitamente isso, principalmente porque sei que nós não podemos controlar o que vem de fora. Por exemplo: eu estava completamente apaixonada na começo do ano e achando que era correspondida me sentia a pessoa mais feliz do mundo. Quando a "criatura" me deixou, meu mundo desabou. Mas eu não consigo controlar, sou feliz com estímulos externos. Sou feliz quando vejo meu filho feliz, quando meus amigos estão por perto, quando estou namorando, quando bebo, quando como uma comida gostosa, quando tenho dinheiro no bolso e pricipalmente quando gasto esse dinheiro, quando me olho no espelho e me acho bonita, quando as pessoas vêm até mim...
Um dia, eu espero, poder ser feliz pelo simples fato de estar viva, por Deus me dar esta oportunidade, mas por enquanto, o que eu mais preciso é de estímulos externos...

domingo, 27 de junho de 2010

Comer, rezar, dormir...

Acordo meio dia, passo o dia com sono. Às vezes sinto vontade de chorar, fui no neuro, ele dobrou a dosagem do Lexapro,, passou para 20 mg, remédio caro prá caramaba e eu acho que ainda não tá fazendo efeito. Faz duas semanas já que estou com esta dosagem. Ele falou para eu esperar mais um pouquinho, insistir um pouco mais. Bom, me matriculei num curso de pintura em tela, gostei! Eeeeehhhhh!!!!!!
Tenho comido bastante e tenho vontade de beber todos os dias... Mas são duas tacinhas de vinho só. Fiz aniversário e fiquei melancólica no dia mas, dia seguinte já estava mais animadinha.

sábado, 15 de maio de 2010

Eu gostava...

Não gosto dessa vida. Não gosto mais de pessoas, acho todo mundo mal e egoísta. Não gosto das relações que existem entre elas. Não gosto do jeito como as coisas são. Não gosto mais de festas, não gosto de cumprimentar as pessoas. Não gosto de sair da cama , mas ODEIO a minha cama. Não gosto da minha casa, não gosto dos meus móveis, não gosto do meu banheiro nem da minha cozinha. Detesto a minha comida. Não gosto mais de ler, não gosto mais de fazer artesanato, não gosto mais de tinta. Não gosto mais de cuidar de criança, não tenho mais paciência. Não gosto do jeito como a minha família me trata e, olha que eles são super presentes, mas acho que já desistiram também. Coitados, devem estar cansados de fazer tudo por mim e sempre me ver reclamando da vida, não dando o retorno que eles merecem. Eu poderia ser e fazer o que quizesse da vida, mas não fiz NADA. Não gosto mais de cuidar de mim, não gosto da minha aparência, não gosto de fazer nenhuma atividade física. Este mês parei com o Taekwondo, não tava mais gostando. Não gosto de ir a parques, não gosto de ir a shoppings, não gosto de ir a lugar nenhum. E não gosto de ficar em casa. Não gosto mais de beber cerveja, de fumar, de comer doces... Não gosto mais de homens.
E ainda assim, queria muito o "colo" daquele desgraçado que fez isso com a minha vida, que me deixou desgostosa de tudo, porquê, há três meses, e achava que era a pessoa mais feliz do mundo. Fui de uma felicidade incrível a uma tristeza sem fim. Mas era tão bom ser feliz! E é tão duro descobrir que a vida é horrível, que nada é bom, e que eu vou me arrastar até o último dos meus dias, esperando minha hora chegar, porque, daqui, eu não gosto mais não. Deus que me perdôe, mas eu não gosto, não me encaixo nesse negócio de "viver". A única coisa boa que eu tenho, meu tesourinho,é o meu filho, uma criança maravilhosa que só tem a mim também. É por ele que eu ainda estou aqui, é por ele que eu estou procurando tratamento, mas, sabe, não sei se seria melhor para ele não ter uma mãe deprimida, desgostosa da vida, porque ele absorve muito o que eu sinto e tenho mito medo de estar fazendo mal para ele. Claro que eu estou. Fazendo mal prá pessoa que mais amo, porque não tenho ânimo para viver. E uma criança precisa de compania, de estímulo. Ah, meu Deus! Eu sempre fui uma mãe tão presente, tão amiga, "divertida"... Deus sempre proteja e cuide do meu anjinho.
Credo que pessoa horrível eu sou! Tenho tudo na mão, sempre tive tudo de mão beijada, meus pais sempre me deram tudo, muito mais que eu mereço, muito mais que quaisquer pais de quaisquer amigas minhas... E eu só reclamo. Que pessoa horrível! Que nojo! Porquê essa tristeza, essa eterna insatisfação? Porquê? Queria ser um animal, um cachorrinho, sei lá qualquer bichinho que não precisasse pensar, apenas seguir os instintos. Parece que eu não me encaixo em nada, tá tudo errado, vim parar no lugar errado, na vida errada. Perdão meu Deus, perdão...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aos pouquinhos tenho sentido uma melhora. Não tenho mais passado os dias me debulhando em lágrimas, porém ainda sinto um desânimo que me incomoda. Falta de vontade. Falta de planos. Sair da cama prá quê? O melhor é ficar deitadinha, dormindo o máximo que der, assim o tempo passa mais rápido e junto com ele essa fase ruim. Porque eu sei que vai passar.
Ainda não consigo esquecer o canalha, volta e meia me pego pensando nele e, o pior, mesmo sabendo que o cara não presta sei, que lá no fundo, o que eu queria era que ele batesse na minha porta e me dissesse que me ama e que tudo foi uma bobeira, coisa de moleque. Aí eu vejo que não tô curada, que meu coração tá com uma ferida aberta ainda, e que eu sou uma pessoa muito vulnerável. Como seria bom se o mundo fosse cor de rosa!!!
Tenho tentado sair, ver gente, mas estou tão fechada que as pessoas não se aproximam. Homens então, quero distância total. Não confio mais em nenhum. Não quero mais me machucar, me sinto uma criancinha indefesa, no meio dos lobos famintos.
Sei que estou em recuperação, nunca tive uma depressão tão séria como essa, mas o único lugar onde me sinto segura é aqui na minha casa, minha zona de segurança. Mas sei que preciso agir, não possa faltar à terapia, preciso sair da cama, caminhar dizem que é muito bom, ouvir música, estudar... Todo dia eu prometo: "Amanhã eu vou levantar cedo e ajudar minha mãe no escritório".
Amanhã eu vou. Deus me dê força!