segunda-feira, 26 de abril de 2010

Aos pouquinhos tenho sentido uma melhora. Não tenho mais passado os dias me debulhando em lágrimas, porém ainda sinto um desânimo que me incomoda. Falta de vontade. Falta de planos. Sair da cama prá quê? O melhor é ficar deitadinha, dormindo o máximo que der, assim o tempo passa mais rápido e junto com ele essa fase ruim. Porque eu sei que vai passar.
Ainda não consigo esquecer o canalha, volta e meia me pego pensando nele e, o pior, mesmo sabendo que o cara não presta sei, que lá no fundo, o que eu queria era que ele batesse na minha porta e me dissesse que me ama e que tudo foi uma bobeira, coisa de moleque. Aí eu vejo que não tô curada, que meu coração tá com uma ferida aberta ainda, e que eu sou uma pessoa muito vulnerável. Como seria bom se o mundo fosse cor de rosa!!!
Tenho tentado sair, ver gente, mas estou tão fechada que as pessoas não se aproximam. Homens então, quero distância total. Não confio mais em nenhum. Não quero mais me machucar, me sinto uma criancinha indefesa, no meio dos lobos famintos.
Sei que estou em recuperação, nunca tive uma depressão tão séria como essa, mas o único lugar onde me sinto segura é aqui na minha casa, minha zona de segurança. Mas sei que preciso agir, não possa faltar à terapia, preciso sair da cama, caminhar dizem que é muito bom, ouvir música, estudar... Todo dia eu prometo: "Amanhã eu vou levantar cedo e ajudar minha mãe no escritório".
Amanhã eu vou. Deus me dê força!

domingo, 18 de abril de 2010

Não vou mais naquele psiquiatra que nem me olha na cara. Procurei um neurologista, parei com o Citalopran, comecei com o Lexapro. Ele disse que em 10 dias já vai fazer efeito, me tirar do fundo desse poço... Tenho vontade de só ficar na cama esperando o tempo passar, esperando essa tristeza ir embora. Fiz novas amigas, saí com elas, mas acho todo mundo sem graça e chato... Descobri que o "amor da minha vida" é um canalha, do pior tipo, e mesmo assim não consigo parar de pensar nele e chorar...

domingo, 11 de abril de 2010

Meu Deus...
Se não era para ser,
Porque não dá
A paz
e o esquecimento
para meu coração?
Porque,
todo este sofrimento,
que me tira a razão?
Tenho uma vida para viver...
Será inteira com essa dor?
Ah! Como eu queria,
Que isso não fosse amor...
Que queres de mim?
Luta ou resignação?
O que esperas?
Vontade forte,
ou submissão?
Quando saber,
que já fiz o bastante,
e é hora de parar?
Como saber,
se não era nem
para eu tentar?
Nem começar...
Deus Meu...
Se agora desistir
e um dia
me fizeres perceber,
que era para insistir?
O que vou fazer?
Porque já é tarde demais,
para esquecer...